Artigos por Clarissa Medeiros

Demissões em massa: Como empresas e lideranças podem superar a crise de confiança?

Há uma crise de confiança generalizada por parte da sociedade nas instituições e, eu estou interessada em avaliar qual o impacto disso em relação às empresas. Essa desconfiança acontece por causa do nosso contexto atual: crises econômicas, polarização, desinformação, preocupação com questões climáticas, falência de algumas companhias, onda de demissões, entre outros fatores. Em meio a tantos acontecimentos, os líderes tem um papel fundamental no resgate da confiança por meio da humanização das relações. E é sobre isso que venho falar no artigo de hoje, confira.

Há uma crise de confiança generalizada por parte da sociedade nas instituições e, eu estou interessada em avaliar qual o impacto disso em relação às empresas. Essa desconfiança acontece por causa do nosso contexto atual: crises econômicas, polarização, desinformação, preocupação com questões climáticas, falência de algumas companhias, onda de demissões, entre outros fatores.

Em meio a tantos acontecimentos, os líderes tem um papel fundamental no resgate da confiança por meio da humanização das relações. Entenda a seguir:.

Há algumas semanas tive conhecimento de um dado que me colocou em alerta. Segundo a pesquisa Barômetro de Confiança 2023 da Edelman, apenas 58% dos brasileiros entrevistados acreditam que estarão melhor daqui a cinco anos. Esse índice era de 73% na pesquisa realizada no ano passado.

Segundo esse mesmo estudo, a crise de confiança é maior em relação às instituições públicas e ao governo. Empresas e ONGs ainda são vistas como competentes e éticas. Líderes têm, portanto, uma oportunidade de estreitar a conexão com os colaboradores e ajudar a restabelecer o otimismo perdido.

Não é uma missão fácil. A base das relações entre empregador e empregado também sofre desgaste. Desde a pandemia, os profissionais passaram a questionar a rotina. Não me canso de ouvir mulheres contarem que passaram a refletir sobre a profissão porque viram a importância que foi levar filho na escola durante a temporada em home office – junto da pandemia veio uma grande crise de significado.

Eu acredito que estamos em um processo de ganho de consciência coletiva. O que é importante, afinal? O que dá sentido à nossa vida? O trabalho virou alvo de questionamento. Se pensarmos que a palavra “trabalho” vem do latim tripalium, que designa instrumento de tortura, conseguimos entender por que chegamos aonde estamos.

Mas há caminhos para a gente deixar de pensar no escritório como um local maçante, difícil e adoecedor. Líderes podem se transformar na fonte de confiança que as pessoas buscam. Para isso devem assegurar que elas consigam se expressar e ser quem são no ambiente profissional.

O medo de errar e perder o emprego, a sobrecarga que pode levar ao adoecimento e as incertezas comentadas no início desse texto contribuem para a insegurança da equipe. Podemos reverter esse quadro com a humanização das relações. Há várias estratégias nessa direção e todo o meu trabalho é baseado nelas. Se cada um fizer sua parte, podemos resgatar aquele nosso otimismo perdido. Vamos juntas e juntos nesse caminho?

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