Artigos por Clarissa Medeiros

Como a autoestima pode impactar a carreira?

Uma autoestima fortalecida é a base da harmonia nas relações e de nossa felicidade. É sobre sua relação consigo mesmo, a partir de uma genuína auto valorização. Quando temos este bem-querer interno, isso transborda naturalmente para os outros e para tudo que fazemos, inclusive na carreira.

Antes de continuarmos a reflexão que trago no título, acho importante lembrar o que é autoestima, essa qualidade tão importante para nosso desenvolvimento como pessoa. Autoestima diz respeito à nossa relação consigo mesmo. É a estima que tenho por mim, o quanto me aprovo, o quanto me sinto suficiente e competente.  

Isso posto, quero comentar alguns insights que tive durante conversas com mulheres, líderes ou não. Essas percepções me ajudam e podem ajudar você a entender como alguns comportamentos atrapalham o ambiente profissional e indicam que precisamos fortalecer a nossa autoestima.

Um líder com autoestima fortalecida sente-se mais seguro, confia na equipe, não tem medo de errar. Com equilíbrio emocional, esse líder consegue ajudar o outro a se fortalecer e se desenvolver. Ele valoriza o que o profissional tem de melhor e entende suas vulnerabilidades. Ter uma autoestima fortalecida é caminho para construir uma liderança humanizada, onde as pessoas são valorizadas não apenas pelos seus feitos, mas também por quem elas são. 

Por outro lado, a liderança com autoestima frágil incorre em padrões de comportamento prejudiciais, tornando o ambiente de trabalho tóxico. São várias as razões que fazem com que uma pessoa tenha a autoestima prejudicada. Mas hoje quero abordar uma delas: o perfeccionismo. 

Já disse no artigo anterior que ser perfeccionista escamoteia inseguranças. A pessoa não acredita no valor de seu próprio trabalho e, por isso, nunca quer dar por encerrado aquele projeto, apresentação, relatório etc. Ela sempre precisa aprimorar, mexer, arrumar. Não delega, não confia no outro. Isso acaba atrapalhando vários aspectos, como, por exemplo, a entrega dentro do prazo.

É muito comum que o perfeccionista tenha o comportamento de culpar outras pessoas ou circunstâncias por suas falhas – as menores que sejam. Ele dificilmente se responsabiliza, não faz uma autoanálise, não avalia onde foi o gargalo que permitiu o erro. Sempre alguém é responsável. Para a equipe, esse tipo de comportamento é bastante desgastante. 

Pois esse perfeccionismo que esconde insegurança é um traço característico de pessoas com autoestima frágil. Porque quando eu sei o meu valor, quando eu me estimo, eu entendo também as minhas falhas e eu me responsabilizo pelos meus atos. 

Já deu para imaginar o grande impacto que uma baixa autoestima causa nas nossas relações, não é? Fortalecê-la é a chave para o bem-estar interno que nos ajuda a nos desenvolvermos como pessoas. Com uma autoestima otimizada conseguimos fluir bem nos nossos relacionamentos, focarmos nos nossos objetivos profissionais sem desvios, encontrar felicidade!

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