É quando me sinto sem resistência, aceitando o momento presente com suas alegrias e desafios. É navegar na vida com menos esforço e sentindo que estou colocando o melhor de mim em cada situação e que estou pertencendo a algo maior.
Há muitos anos pesquiso felicidade. Não me conformo em ver tantos profissionais infelizes com suas carreiras. A infelicidade na carreira estraga a vida e a vida deveria ser mágica, ser vibrante, ser celebrada!
Sendo especialista em Ciência da Felicidade (fiz Mestrado Internacional nesta área), sei que posso ajudar as pessoas a reconhecer e valorizar sua essência e utilizar suas características essenciais como critério para decisões de carreira. Este autoconhecimento é essencial também para conseguirem navegar melhor pelos desafios que aparecem no ambiente de trabalho.
Antigamente falávamos que a felicidade vem com o resultado obtido no trabalho. Hoje, essa crença se inverteu: quem priorizar o bem-estar terá melhores resultados no momento presente, que é o único tempo real.
Uma pesquisa da Harvard Business Review revelou que colaboradores satisfeitos são 31% mais produtivos, 85% mais eficientes e 300% mais inovadores. Isso faz muito sentido, não é?
Eu mesma sofri na pele com a noção equivocada de que sucesso e felicidade eram sinônimos. Ledo engano. Me tornei líder muito cedo e mergulhei nesse espiral de resultados, sem qualquer autocuidado ou autoconhecimento, o que resultou em burnout, depressão, ansiedade… Foi inevitável promover mudanças na minha vida e agora entendo o quanto o equilíbrio está em não fugirmos da nossa essência. A felicidade vem com a auto responsabilidade. O sucesso pode trazer mais felicidade ou mais infelicidade, e isso depende de diversos fatores (falarei mais sobre isso em outro artigo).
Acredito que nós líderes temos o dever de agir em prol da felicidade das pessoas na organização. Uma liderança tóxica pode destruir o bem-estar das pessoas. Precisamos ter esta consciência e responsabilidade.
Mas essa transformação só pode começar se os próprios líderes estiverem mais disponíveis para suas próprias necessidades emocionais. Você está escutando suas próprias necessidades? Pratica autoconhecimento? Conta com suporte profissional para seu autodesenvolvimento?
Desenvolver a disponibilidade emocional com os outros é a solução para a maior parte dos problemas relacionados a desestimulo, pouco engajamento, apatia e stress elevado.
Estar disponível emocionalmente para sua equipe traz o benefício da conexão, o senso de pertencimento e de colaboração. E tudo isso impacta muito na saúde mental, na qualidade de vida e na produtividade dos colaboradores.
Reflita sobre isso por um momento. O seu estilo de liderança contempla esse caminho? Com isso quero dizer: está sendo possível criar um ambiente seguro para que as pessoas tragam conversas francas que podem envolver vulnerabilidade emocional?
Esse assunto me interessa demais e gostaria muito de te ouvir. Enquanto isso, estou elaborando meu próximo texto, onde vou trazer algumas ideias de como a liderança pode contribuir com a felicidade da equipe.