Em uma das reportagens que li sobre o assunto, a executiva-chefe da LeanIn, Rachel Thomas, foi categórica: “As mulheres são tão ambiciosas quanto os homens, mas elas estão deixando suas empresas no ritmo mais acelerado que já vimos. Realmente achamos que isso pode prenunciar desastres para as empresas.”
E porque será que isso está acontecendo? Segundo o estudo, a desvantagem das mulheres no meio profissional foi acentuada com a pandemia. Eles falam em dois aspectos: a falta de creches acessíveis e a diferença de gênero nos salários, que deixou de diminuir na pandemia e provocou a evasão.
Agora esse movimento migrou para mulheres dos altos escalões, que estão abrindo mão de seus postos por causa da falta de oportunidade de avanço, da ausência de flexibilidade e do tratamento desigual.
Acredito que muitas pessoas experimentaram um novo paradigma durante a pandemia e estão revendo suas prioridades. Uma reavaliação do que faz sentido, de quais necessidades estão sendo atendidas e quais estão sendo deixadas de lado.
O que está evidente, sem dúvida alguma, é a necessidade de flexibilidade. Estou ouvindo de muitas mulheres que o modelo híbrido é fator decisório para permanecer ou não no trabalho. Segundo o relatório, apenas uma em cada dez profissionais querem trabalhar a maior parte do tempo no escritório.
Vou confessar uma reflexão aqui para vocês. Pensava que nesse pós-pandemia conseguiríamos nos abrir para novos modelos de viver e trabalhar. Mas sinto que ainda estamos atrelados a padrões antigos, que prezam pelo controle. Minha sugestão? Que a gente consiga fazer uma leitura atenta da realidade e do nosso contexto para reter o maior número possível de mulheres nas empresas.
E você? Como avalia essa retomada? O que te ajuda a permanecer no posto que está?